e a seguir a tradição dos outros anos, o S.Nicolau trouxe um presente de uma crafteira Portuguesa.
Este ano, uma Lolita fantástica da Carla Fadas & Princesas.
A mim, nada…
e a seguir a tradição dos outros anos, o S.Nicolau trouxe um presente de uma crafteira Portuguesa.
Este ano, uma Lolita fantástica da Carla Fadas & Princesas.
A mim, nada…
descobri via ordep, um novo projecto que promete coisas deliciosas para os pequenos brincarem.
por cá já temos esta que chegou no Natal, feita pelo Thomas.
mas esta ilha, esta ilha…
o fogão, o lava louça, a madeira, o pouco espaço que ocupa…
e o Natal tão perto…
mais detalhes, no site do AtelierMob
Parabéns Andreia! está irresistivel!
Ele acha que os amigos deixam marcas que levamos para toda a parte…
Mas mesmo assim há dias em que sente frio…
Agora disponíveis aqui!
os rumores são variados.
dizem que é verde de ser lisboeta, que levou à letra o ser alfacinha e entre a navalha e a varina e um fado gago à sergio godinho, acordou assim um dia, tatuado de folhas de alface e nunca mais voltou a ser o mesmo…
na foto, 4 monstras. A maior é só mesmo minha!
feitas da mesma forma destas galinhas, nas mesmas tardes quentes mas com brisa de Ubud, com o mesmo chá pelo meio e a conversa em frases com verbos no infinitivo.
ficam aqui sossegadas à espera que alguém as leve para casa.
na barriga, escondida, não há meninos que se portaram mal, mas apenas um saco para o que der e vier, no mesmo espírito deste
Dizia eu que todas as boggers têm filhos. E que eu também. E grande parte delas usam-nas para demonstrar as coisinhas que vão fazendo. E as meninas aparecem lindas e com ar sorridente e muito muito cooperante, nas fotos com a iluminação certa e ângulo pensado, que as mães lhes tiram.
Achando-me eu capaz de fazer o mesmo, vai de pegar na adorável criança e pô-la de galinha na mão em cima do naperon da avó.
Vários problemas surgiram:
– lá fora chove (tem que ser cá dentro e já são 6 da tarde)
– estão a dar os bonecos preferidos e o tema de hoje é um irmão mais velho imaginário (um tema recorrente nos ultimos tempos)
– estão a dar os bonecos
– estão a dar os bonecos
– ESTÃO A DAR OS BONECOS!
A coisa não correu muito bem. Arrastada para a entrada tiro-lhe mais uma à pressa.
Anda lá, querida, sorri!
– Estão a dar os bonecos, mamã!
– Os bonecos, mamã. ele tem um irmão.
Em suma a galinha é um saco. Foi feita por mim e pela Ibu Tia em Bali. A Ibu tia é uma senhora com pelo menos 354 anos ou talvez 355, que aproveita todos os pedacinhos de panos do atelier dos filhos e faz estas coisinhas bonitas. vive em Ubud.
eu passei muitas horas com ela, e fui cortando os pedaços e conversando tanto quanto as minhas habilidades linguisticas permitiam. Fizemos também uns monstros. Mas isso eu mostro amanhã.
é que estão a dar os bonecos e ele hoje tem um irmão.
Ele poderia ter feito a guerra do ultramar, ter-se alinhado na Legião estrangeira, tatuado Amor de Mãe,
mas escolheu ser o teddy mais cool da minha rua.
Será por certo o único brinquedo mais ou menos infantil, a possuir imagens substancialmente gráficas
de uma mulher semi-nua.
Assim como os passaportes Portugueses.
apesar de tudo tem uma carinha laroca…
Nasceu o Teddy 7.
É menino.
Em Janeiro estávamos em Bali. O novo ano trouxe chuva, vento, um mar agitado e uma espécie de esquilos a saltitar de árvore em árvore.
Passámos a noite no “flying piano” até os proprietários se começarem a despir
Em Fevereiro inicia-se o processo de desencanto. A Gui adoece pela primeira vez e nasce a Leila. Começa a sentir-se cansaço, um certo esgotamento… mas há pequenas coisas que nos fazem querer gostar.
Em Março a Gui faz 5 anos e adoece sem que se saiba o que tem e decidimos deixar Timor. Apresento a minha demissão e entro em negociações de data de saída!!!
Em Abril vamos a Bali para fazer exames e férias. Ao terceiro dia adoeço e fico sob vigilância médica num quarto no Hotel! Mesmo arrastando-me, fiz compras!
Em Maio intensificamos as sessões de panquecas e maple syrup com a Rita e o Abade. Temos um acidente de automóvel e descobrimos o “Dr.” Luis que recebe Baucau ás quartas e sábados e tem dois dentes de leite. Medicina alternativa em Los Palos…
Parte de Junho foi passada na cama em recuperação, gerindo o escritório à distância. O cansaço é cada vez maior. Consegue-se “autorização” para terminar o contrato no final do mês seguinte.
Julho, eleições em Timor. A UN trabalha desalmadamente durante quase 3 dias!!!! Reunimos quase 200 professores no meio do caos e da instabilidade despedimo-nos e partimos. Para Bali.
Agosto. Portugal, descanso e uma visita ao hospital. Perdemos uma amiga no Benim.
Em Setembro chega o Dalai Lama, parte o Balzac e inicia-se o periodo do desinteresse!
Em Outubro renasce a fada do lar que há em mim e começo a recortar os jeans cá de casa.
Em Novembro nasce o “the great craft disaster”. Um sucesso estrondoso na blogosfera portuguesa apenas comparável ao rigor ortográfico do Abrupto.
Em Dezembro faço a minha primeira venda internacional para o estrangeiro. Para Austrália!!!! A Austrália é no estrangeiro! e fico tão cheia de mim, que celebro com imensas torradas com manteiga Açoreana.
Este foi 2007. Um ano pouco emotivo. Poderia ter sido pior. Poderia ter perdido dois ou três dentes ou descoberto orgãos internos masculinos.
Terminei o ano de mãos ocupadas e descobri que isso me dá uma satisfação total.
essa satisfação levou-me a compreender que na minha vida profissional preciso de ver resultados imediatos. que preciso de me envolver em projectos com objectivos de implementação rápida e efeitos de curto e medio prazo. preciso de usar as mãos. de ver coisas palpáveis a sair delas. como o patchwork, como os teddies. coisas que aquecem .
do Great Craft disaster tirei a experiência de aprender a gostar de receber feedback. de me acanhar, mas sabendo que o essencial é não me levar muito a sério, tirar um prazer enorme de saber que as minhas coisas passam por mãos que não conheço, e que as embalagens ao chegar causam emoções semelhantes ás que tinha quando me limitava a recebê-las. e para onde quer que o meu próximo trabalho me leve, sei que levarei o Craft Disaster comigo, adaptando-o ao local, e ao tempo, e à disponibilidade, mas sabendo que preciso dele e da calma que vem de uma tesoura e uma agulha e tecidos que falam quando por eles passamos as mãos.
Amanhã retomarei a rotina e os envelopes em faltam serão enviados.
(Incluindo o da paciente Kooca!!!)
Bom Ano para todas. que os vossos respectivos Deuses vos apontem o caminho e mesmo não vos desviando dos solavancos da viagem, vos dêem a força para se erguerem de nariz ao alto e olhos nas estrelas.
apesar do Pai Natal não ter sido propriamente generoso comigo – más influências do Menino, por certo, mas pronto, o sofrimento purifica e sublima a alma (e eu deveria ter escritos prontoS, dado andar à solta um S na língua portuguesa… – consegui manter o Handmade pledge.
com prazos de entrega dilatados até aos reis – para seguir as tradições com algum sentido – disse eu – para ter tempo de as acabar – foi o que eu não disse – mas tudo será feito à mão!
e para compensar a Gui recebeu dos tios uma loja/teatro de fantoches feito pelo Thomas. Agora é só encomendar a mercadoria e a criança vai deixar de dar despesa…
acho imensa piada a cortar pedaços de pano e juntá-los uns aos outros.
não acho grande piada a fazer composições elaboradas.
mas decidi fazê-las.
para a semana vou experimentar.
por várias razões. digamos por 3 razões porque todo o bom raciocionio e toda a boa argumentação deverá ser dividido em três partes.
1ª porque tenho que perceber o porquê deste vício que alastra pelo mundo há mais de duzentos anos.
2º porque tenho que perceber se é tão dificil como querem fazer parecer
3º porque sim, ora.
Entretando fui experimentando o patchwork mais simples. não por ser mais simples mas por ser o meu favorito. E tive que usar os quadrados e as bolinhas, porque esses são os padrões que sempre associei ao patchwork. As bolinhas por uma razão extra; os lençóis que preferia no berço do meu irmão do meio, eram azuis com pintinhas brancas. e tinha também uma camisinha minuscula com o mesmo padrão e umas rendinhas mínimas muito delicadas. e eu com 5 anos de idade achava que todos os bébés se deveriam vestir assim. e que os sapos se tivessem sarampo deveriam ficar com aquele aspecto e que se a pipi um dia trocasse de meias, calçaria umas com aquele padrão.
creio que o irei usar muitas vezes, em coisas diferentes mas muitas vezes.
As experiências com os quadrados já são antigas. foram feitas várias tentativas ao longo dos anos todas elas fracassadas. fracassadas e inacabadas. os tecidos que utilizem estavam meio perdidos na retrosaria e são ligeiramente diferentes dos actuais; são mais grossos e o avesso é liso na cor predominante do tecido. assim para além de usar as duas cores escolhidas, brinquei também com os avessos, criando a ilusão de possuir 4 padrões diferentes. Esta colcha foi feita a pensar em mim, apesar de não caber na minha cama (esta foi feita sem querer em tamanho de cama de casal), tem rendas quadrados e lisos todos misturados e precisa de madeiras e ferro para se sentir feliz. Tem um ar de verdadeira manta de retalhos assim como se se tivessem aproveitado restinhos de tecidos.
Quis tanto fotografá-la que me esqueci de a passar a ferro.
Tive tanta dificuldade em fotografá-la que acabei por a embrulhar ainda mais!
e um dia ainda vou aprender a colocar aqui as fotos devidamente enquadradas no texto!!!
Ambas (ou ambas as duas como se diz na televisão!) as colchas estão disponiveis. Existem ainda dois ursinhos pirosos feitos no mesmo tecido. Porque o kitsh só é kitsh quando o elevamos ao extremo!!!:-)
E para tornar este post ainda mais longo e com mais informação do que aquela que é visualmente possivel absorver, terei ainda que vos mostrar as oh tão macias oh tão quentinhas mantas!
Esta foi feita com tecido polar dos mais quentinhos e batik manual Balinês. Quando falo em manual refiro-me á técnica de carimbo, daqui a pouco explico o que isso é.
Gosto em especial deste tecido por ser manchado. A cor não foi distribuida uniformemente havendo tons mais escuros e mais claros de lilás.
gosto do tom lilás pelas diferentes conotações e símbolismos politicos que foi assumindo ao longo da história.
agora que já dei um tom mais intelectual à descrição da manta, passemos à seguinte!!!
esta aqui não é um batik manual, é na verdade um impressão mais industrial mas feita de uma forma tão rudimentar que aos olhos ocidentais pode ser chamada de artesanal. Cada pana é trabalhado separadamente não havendo cortes de tecido. Os padrões utilizados são antigos e tipicamente javaneses e o algodão é leve e macio.
e mais alguma coisa para dizer?
hummmmmm, que as mantas tb estão disponiveis. que está frio e vocês nem sabem o quanto precisam delas, que as botijas naturais estão a ser um sucesso e que sim, é verdade, a minha mãe é a minha melhor freguesa…
vendido
indisponivel
pois logo escrevo aqui qualquer coisa. agora é só mesmo para verem o teddy.
foi feito seguindo métodos 100% tradicionais. é articulado com botões de côco e tem olhos de madrepérola.
tem dois manos aqui
A mania do gingerbreadman continua, desta vez transformado em botija natural. O bomneco é enchido com cereais e flores e quado colocado no micro ondas durante uns 4 minutos ou no congelador durante uns 40, transforma-se numa botija natural – quente ou fria – que alivia dores musculares, baixa febres, diminui inchaços, aquece a cama dos pequeninos sem o perigo de queimar e vai libertando um odor suave e relaxante a alfazema.
Quase tão bom como a banha da cobra…
(Para a semana, mais cores e tecidos)
a tradição dos calendários do Advento remonta ao século XIX e é Alemã.
Conta-se que as familias mais religiosas faziam pequenos riscos em giz nas portas de casa ou em linha na parede para assinalarem a passagem dos dias até ao Natal.
Outros alinhavam velas – uma por cada dia.
Em 1904 o “Neues Tagblatt Stuttgart” publicou nas suas páginas um calendário oferta para os seus leitores.
Mas, diz-se também que a ideia do Calendário de Advento tal e qual como a conhecemos agora, foi invenção da mãe de Gerhard Lang que lhe fez uma coisinha em cartão com “wibbele”, uns docinhos pequenos, escondidos para cada dia.
A mim agrada-me pensar que um gesto de ternura se tornou numa tradição espalhada pelo mundo. Lang que nasceu em 1881, morreu em 1974 a tempo de ver o hábito da mãe estender-se ás casa de crianças em toda a parte, espalhando a magia da época de Natal.
Quanto ao meu calendário, é feito de tecidos lindos com temas variados, porque o vermelho e o verde já se tornaram enfadonhos. Cada sapatinho cabe na mão… e dá vontade de os fazer a sério para caberem em pézinhos de meninos nas manhãs de inverno! Uma coisa a pensar!
Para mais ideias sobre calendarios do advento, visitem este site.
He leaves the sewing machine and runs to the garden. Feels the sun on his face for the first time, his lungs full of air
the wind blowing softly on his ears while he slides, and decides that he wont ever be a piece of fabric again…
(based on a model by Hannelore Mish for “Kuscheltiere Selbst Gemacht”)