
e a seguir a tradição dos outros anos, o S.Nicolau trouxe um presente de uma crafteira Portuguesa.
Este ano, uma Lolita fantástica da Carla Fadas & Princesas.
A mim, nada…


e a seguir a tradição dos outros anos, o S.Nicolau trouxe um presente de uma crafteira Portuguesa.
Este ano, uma Lolita fantástica da Carla Fadas & Princesas.
A mim, nada…


os rumores são variados.
dizem que é verde de ser lisboeta, que levou à letra o ser alfacinha e entre a navalha e a varina e um fado gago à sergio godinho, acordou assim um dia, tatuado de folhas de alface e nunca mais voltou a ser o mesmo…

na foto, 4 monstras. A maior é só mesmo minha!
feitas da mesma forma destas galinhas, nas mesmas tardes quentes mas com brisa de Ubud, com o mesmo chá pelo meio e a conversa em frases com verbos no infinitivo.

ficam aqui sossegadas à espera que alguém as leve para casa.
na barriga, escondida, não há meninos que se portaram mal, mas apenas um saco para o que der e vier, no mesmo espírito deste




Dizia eu que todas as boggers têm filhos. E que eu também. E grande parte delas usam-nas para demonstrar as coisinhas que vão fazendo. E as meninas aparecem lindas e com ar sorridente e muito muito cooperante, nas fotos com a iluminação certa e ângulo pensado, que as mães lhes tiram.
Achando-me eu capaz de fazer o mesmo, vai de pegar na adorável criança e pô-la de galinha na mão em cima do naperon da avó.
Vários problemas surgiram:
– lá fora chove (tem que ser cá dentro e já são 6 da tarde)
– estão a dar os bonecos preferidos e o tema de hoje é um irmão mais velho imaginário (um tema recorrente nos ultimos tempos)
– estão a dar os bonecos
– estão a dar os bonecos
– ESTÃO A DAR OS BONECOS!
A coisa não correu muito bem. Arrastada para a entrada tiro-lhe mais uma à pressa.

Anda lá, querida, sorri!
– Estão a dar os bonecos, mamã!
– Os bonecos, mamã. ele tem um irmão.
Em suma a galinha é um saco. Foi feita por mim e pela Ibu Tia em Bali. A Ibu tia é uma senhora com pelo menos 354 anos ou talvez 355, que aproveita todos os pedacinhos de panos do atelier dos filhos e faz estas coisinhas bonitas. vive em Ubud.
eu passei muitas horas com ela, e fui cortando os pedaços e conversando tanto quanto as minhas habilidades linguisticas permitiam. Fizemos também uns monstros. Mas isso eu mostro amanhã.
é que estão a dar os bonecos e ele hoje tem um irmão.

Ele poderia ter feito a guerra do ultramar, ter-se alinhado na Legião estrangeira, tatuado Amor de Mãe,
mas escolheu ser o teddy mais cool da minha rua.
Será por certo o único brinquedo mais ou menos infantil, a possuir imagens substancialmente gráficas
de uma mulher semi-nua.

Assim como os passaportes Portugueses.
apesar de tudo tem uma carinha laroca…



Nasceu o Teddy 7.
É menino.

acho imensa piada a cortar pedaços de pano e juntá-los uns aos outros.
não acho grande piada a fazer composições elaboradas.
mas decidi fazê-las.
para a semana vou experimentar.
por várias razões. digamos por 3 razões porque todo o bom raciocionio e toda a boa argumentação deverá ser dividido em três partes.
1ª porque tenho que perceber o porquê deste vício que alastra pelo mundo há mais de duzentos anos.
2º porque tenho que perceber se é tão dificil como querem fazer parecer
3º porque sim, ora.
Entretando fui experimentando o patchwork mais simples. não por ser mais simples mas por ser o meu favorito. E tive que usar os quadrados e as bolinhas, porque esses são os padrões que sempre associei ao patchwork. As bolinhas por uma razão extra; os lençóis que preferia no berço do meu irmão do meio, eram azuis com pintinhas brancas. e tinha também uma camisinha minuscula com o mesmo padrão e umas rendinhas mínimas muito delicadas. e eu com 5 anos de idade achava que todos os bébés se deveriam vestir assim. e que os sapos se tivessem sarampo deveriam ficar com aquele aspecto e que se a pipi um dia trocasse de meias, calçaria umas com aquele padrão.

creio que o irei usar muitas vezes, em coisas diferentes mas muitas vezes.
As experiências com os quadrados já são antigas. foram feitas várias tentativas ao longo dos anos todas elas fracassadas. fracassadas e inacabadas. os tecidos que utilizem estavam meio perdidos na retrosaria e são ligeiramente diferentes dos actuais; são mais grossos e o avesso é liso na cor predominante do tecido. assim para além de usar as duas cores escolhidas, brinquei também com os avessos, criando a ilusão de possuir 4 padrões diferentes. Esta colcha foi feita a pensar em mim, apesar de não caber na minha cama (esta foi feita sem querer em tamanho de cama de casal), tem rendas quadrados e lisos todos misturados e precisa de madeiras e ferro para se sentir feliz. Tem um ar de verdadeira manta de retalhos assim como se se tivessem aproveitado restinhos de tecidos.
Quis tanto fotografá-la que me esqueci de a passar a ferro.
Tive tanta dificuldade em fotografá-la que acabei por a embrulhar ainda mais!

e um dia ainda vou aprender a colocar aqui as fotos devidamente enquadradas no texto!!!


Ambas (ou ambas as duas como se diz na televisão!) as colchas estão disponiveis. Existem ainda dois ursinhos pirosos feitos no mesmo tecido. Porque o kitsh só é kitsh quando o elevamos ao extremo!!!:-)
E para tornar este post ainda mais longo e com mais informação do que aquela que é visualmente possivel absorver, terei ainda que vos mostrar as oh tão macias oh tão quentinhas mantas!
Esta foi feita com tecido polar dos mais quentinhos e batik manual Balinês. Quando falo em manual refiro-me á técnica de carimbo, daqui a pouco explico o que isso é.
Gosto em especial deste tecido por ser manchado. A cor não foi distribuida uniformemente havendo tons mais escuros e mais claros de lilás.

gosto do tom lilás pelas diferentes conotações e símbolismos politicos que foi assumindo ao longo da história.
agora que já dei um tom mais intelectual à descrição da manta, passemos à seguinte!!!
esta aqui não é um batik manual, é na verdade um impressão mais industrial mas feita de uma forma tão rudimentar que aos olhos ocidentais pode ser chamada de artesanal. Cada pana é trabalhado separadamente não havendo cortes de tecido. Os padrões utilizados são antigos e tipicamente javaneses e o algodão é leve e macio.

e mais alguma coisa para dizer?
hummmmmm, que as mantas tb estão disponiveis. que está frio e vocês nem sabem o quanto precisam delas, que as botijas naturais estão a ser um sucesso e que sim, é verdade, a minha mãe é a minha melhor freguesa…

vendido

indisponivel

pois logo escrevo aqui qualquer coisa. agora é só mesmo para verem o teddy.
foi feito seguindo métodos 100% tradicionais. é articulado com botões de côco e tem olhos de madrepérola.
tem dois manos aqui

A mania do gingerbreadman continua, desta vez transformado em botija natural. O bomneco é enchido com cereais e flores e quado colocado no micro ondas durante uns 4 minutos ou no congelador durante uns 40, transforma-se numa botija natural – quente ou fria – que alivia dores musculares, baixa febres, diminui inchaços, aquece a cama dos pequeninos sem o perigo de queimar e vai libertando um odor suave e relaxante a alfazema.
Quase tão bom como a banha da cobra…
(Para a semana, mais cores e tecidos)


He leaves the sewing machine and runs to the garden. Feels the sun on his face for the first time, his lungs full of air
the wind blowing softly on his ears while he slides, and decides that he wont ever be a piece of fabric again…
(based on a model by Hannelore Mish for “Kuscheltiere Selbst Gemacht”)

They lived scared, afraid of being caught by hungry Xmas mouths looking for a ginger flavour.
Eles viviam assustados, com receio de serem apanhados por bocas de Natal famintas de sabores a gengibre.
they kept hiding and changed their colours, a total disguise in an effort for not being seen
mantiveram-se escondidos e mudaram de cores, de forma a disfarçarem-se e não serem reconhecidos
one day they climbed to the top of the garden
um dia treparam até ao topo do jardim
and the rainbow came and took them away, to a place free of xmas mouths looking for a ginger flavour!
e o arco-iris chegou e levou-os para um sitio livre de bocas de Natal à procura de sabores a gengibre.
It has been difficult to end my task! the “quilt wannabe” lies, on one bed – unfinished, in quite a provocative manner. It is getting too big and too heavy and I am not sure about the combination of materials.
I´ve been checking some sites, checking other peoples unwise ideas on quilting but couldn’t find anything similar.
Is that good? I suppose it is. Or maybe not. Yes it is, not it’s not. It is. Not…
But the past weekend was rather nice. Gaetano joined us, from Italy, and designed some beautiful trims that are on the way to the fabric. I´promise to show it soon. I like them. And I liked spending time with him.
Next time we will work on the softies. There was an interesting argument between the 2 of us. He can not understand why an object with no utility should be produced. And even the squid he designed long time ago, and that I have always considered a funny doll and thought of ways of making it with that purpose on mind, well, I’ll make it alright, but we had to compromise – it is now going to be a sleeping bag!!
This is just one example of why this blog was named “the big craft disaster”…