Frei João Rabão, hamster de dente afiado nascido numa gaiola humilde de uma loja de animais na província, transitou para este lar numa gaiola de viagem com a promessa tipicamente Portuguesa de que seria temporária.
Algum tempo passado e sem alteração a nível logístico, o pobre constrói um ninho fabuloso constituído essencialmente por restos de batting da Retrosaria da Rosa, dentro de um cubo com entradas por vários lados, que se não estou em erro teria sido um brinde numa pizzaria qualquer e que em principio serviria como suporte para lápis.
Os dias eram passados no seu interior em repouso completo sem contacto com o exterior.
Gente bem intencionada, resolve oferecer à criança proprietária do bicho, não uma simples nova gaiola, mas sim uma senhora gaiola com tubos que saem por todo o lado, imensas cores, uma espécie de biberão para a água e mais muito mais importante que isso, em anexo, uma torre de 3 pisos com ameias!
Frei João Rabão, o hamster de dente afiado nascido numa gaiola humilde de uma loja de animais na província, foi transferido para as novas instalações com pompa e circunstância. E como havia castelo ele foi coroado rei e passou a ser chamado de Rei Frei João Rabão.
E 6 ou 7 adultos de áreas diversas e semi-complementares (engenharia civil, informática, geografia, física, enfermagem, matemática e sociologia) dedicaram um período significativo da sua tarde de sábado a lançar palpites diversos sobre as alterações a fazer à estrutura de tubos e percursos.
E mais ou menos em silêncio incitava-se o recentemente coroado rei a passar de uma encruzilhada para a outra, a explorar uma subida e uma descida, assim como se a média de idades não fosse muito superior à da proprietária…
E chegou a noite, e todos se recolhem mas por volta das 4 da manhã eu levanto-me e verifico que o Rei tinha chegado ao terceiro piso da torre onde o aguardava uma reserva extra de batting. E fui dormir descansada e feliz por ver um pobre a subir na vida assim, sem grande esforço.
De manhã quando acordamos, damos com o Rei de costas voltadas. E a proprietária ao tocar-lhe sente-o frio.
Morreu.
Pobre João! Foram emoções a mais para ele… Os meus sentimentos.
😦 pobre ratinho. Um beijinho para a proprietária.
😦 beijos para a proprietaria mas solicita-se a emissao de um edito a todos os reinos ou lojas de animais a solicitar um novo rei que assim vazio o castelo nao pode continuar.
do subdito do oriente
que ninguém sinta a mínima culpa, dois que tive assim morrreram, de noite, de repente, sem que nada o fizesse prever.
bj
aiiiiií!Até fiquei arrepiada!Como está a Gui?
Este trágico conto tem um “to be continued”… na verdade a designada “proprietária” tem novos ratinhos, dois John Doe que, para já, sobrevivem à “senhora gaiola com tubos que saem por todo o lado, imensas cores, uma espécie de biberão para a água e mais muito mais importante que isso, em anexo, uma torre de 3 pisos com ameias” :p
Lamentamos muito a perda…
Por cá andamos preguiçosas, sempre a tentar escrever, mas a preguiça vence… vou tentar nova batalha e ver se desta venço eu… 😉
Beijinhos
T.