Categoria: CRAFT

  • ÁS FREGUESAS À ESPERA DE ENCOMENDAS…

     

    A Gerência encontra-se em avançado estado de decomposição, gelada até aos ossos, a contorcer-se de dores, enfezadinha na cama. Estivera ainda na Ásia e pensaria que seria Malária!

    E por muito dedicada que seja a este seu novo ofício, a Gerência não consegue arrastar-se, cravando as unhas na calçada, até aos Correios.

    A Gerência deixa-vos no entanto com uma foto de quando era ainda saudavel e não gemia (apesar de o fazer de uma forma sensual) de cada vez que se movia.

    E Feliz Ano Novo!

  • Do Natal

    apesar do Pai Natal não ter sido propriamente generoso comigo – más influências do Menino, por certo, mas pronto, o sofrimento purifica e sublima a alma (e eu deveria ter escritos prontoS, dado andar à solta um S na língua portuguesa… – consegui manter o Handmade pledge.

    com prazos de entrega dilatados até aos reis – para seguir as tradições com algum sentido – disse eu – para ter tempo de as acabar – foi o que eu não disse – mas tudo será feito à mão!

    e para compensar a Gui recebeu dos tios uma loja/teatro de fantoches feito pelo Thomas. Agora é só encomendar a mercadoria e a criança vai deixar de dar despesa…

  • QUILTING AND PATCHWORK and Lap Quilting and stuff…

     

    acho imensa piada a cortar pedaços de pano e juntá-los uns aos outros.

    não acho grande piada a fazer composições elaboradas.

    mas decidi fazê-las.

    para a semana vou experimentar.

    por várias razões. digamos por 3 razões porque todo o bom raciocionio e toda a boa argumentação deverá ser dividido em três partes.

    1ª porque tenho que perceber o porquê deste vício que alastra pelo mundo há mais de duzentos anos.

    2º porque tenho que perceber se é tão dificil como querem fazer parecer

    3º porque sim, ora.

    Entretando fui experimentando o patchwork mais simples. não por ser mais simples mas por ser o meu favorito. E tive que usar os quadrados e as bolinhas, porque esses são os padrões que sempre associei ao patchwork. As bolinhas por uma razão extra; os lençóis que preferia no berço do meu irmão do meio, eram azuis com pintinhas brancas. e tinha também uma camisinha minuscula com o mesmo padrão e umas rendinhas mínimas muito delicadas. e eu com 5 anos de idade achava que todos os bébés se deveriam vestir assim. e que os sapos se tivessem sarampo deveriam ficar com aquele aspecto e que se a pipi um dia trocasse de meias, calçaria umas com aquele padrão.

    creio que o irei usar muitas vezes, em coisas diferentes mas muitas vezes.

    As experiências com os quadrados já são antigas. foram feitas várias tentativas ao longo dos anos todas elas fracassadas. fracassadas e inacabadas. os tecidos que utilizem estavam meio perdidos na retrosaria e são ligeiramente diferentes dos actuais; são mais grossos e o avesso é liso na cor predominante do tecido. assim para além de usar as duas cores escolhidas, brinquei também com os avessos, criando a ilusão de possuir 4 padrões diferentes. Esta colcha foi feita a pensar em mim, apesar de não caber na minha cama (esta foi feita sem querer em tamanho de cama de casal), tem rendas quadrados e lisos todos misturados e precisa de madeiras e ferro para se sentir feliz. Tem um ar de verdadeira manta de retalhos assim como se se tivessem aproveitado restinhos de tecidos.

    Quis tanto fotografá-la que me esqueci de a passar a ferro.

    Tive tanta dificuldade em fotografá-la que acabei por a embrulhar ainda mais!

    e um dia ainda vou aprender a colocar aqui as fotos devidamente enquadradas no texto!!!

    Ambas (ou ambas as duas como se diz na televisão!) as colchas estão disponiveis. Existem ainda dois ursinhos pirosos feitos no mesmo tecido. Porque o kitsh só é kitsh quando o elevamos ao extremo!!!:-)

    E para tornar este post ainda mais longo e com mais informação do que aquela que é visualmente possivel absorver, terei ainda que vos mostrar as oh tão macias oh tão quentinhas mantas!

    Esta foi feita com tecido polar dos mais quentinhos e batik manual Balinês. Quando falo em manual refiro-me á técnica de carimbo, daqui a pouco explico o que isso é.

    Gosto em especial deste tecido por ser manchado. A cor não foi distribuida uniformemente havendo tons mais escuros e mais claros de lilás.

    gosto do tom lilás pelas diferentes conotações e símbolismos politicos que foi assumindo ao longo da história.  

    agora que já dei um tom mais intelectual à descrição da manta, passemos à seguinte!!!

    esta aqui não é um batik manual, é na verdade um impressão mais industrial mas feita de uma forma tão rudimentar que aos olhos ocidentais pode ser chamada de artesanal. Cada pana é trabalhado separadamente não havendo cortes de tecido. Os padrões utilizados são antigos e tipicamente javaneses e o algodão é leve e macio.

    e mais alguma coisa para dizer?

    hummmmmm, que as mantas tb estão disponiveis. que está frio e vocês nem sabem o quanto precisam delas, que as botijas naturais estão a ser um sucesso e que sim, é verdade, a minha mãe é a minha melhor freguesa…

  • DO Sábado

     

    a experiência de sábado foi excelente, não só por me ter feito sair de casa, não só pleo sushi, não só pelo bolo de chocolate, não só pelo chá, não só pelo melhor bolo de chocolate do mundo, não so pela tosta de salmão fumado com agrião… (estou a falar muito de comida?) mas por ter conhecido o local. 

    o Japonês tem uma decoração deliciosa e uns anfitriões encantadores.

    gosto em particular do facto de tudo estar permanentemente à venda. sentia saudades desse conceito e fiquei com olho nas mesinhas de madeira de uma das 3 salas e por isso tenho medo de lá voltar e perder a cabeça!!! é que de momento sou praticamente uma sem-abrigo! 

     da  minha presença lá aprendi várias coisas:

    – que não me sinto à vontade a falar de dinheiro;

    – que não me sinto à vontade a mostrar o que faço;

    – que preciso de um sítio onde coloque as minhas coisas e possa fugir rapidamente;

    – que lentamente me estou a tornar perfeccionista;

    – que não me sinto à vontade a falar de dinheiro!

    à Sara e ao Norberto muito obrigada!

    Desejo-vos que o Japonês continue a ser um sucesso e é com muita pena que falto hoje à palestra sobre chá…

  • De ursos e botijas e ursos e botijas

     

    A feitura dos ursos é um processo doloroso.

    Este processo autodidacta obriga-me a passar pela construção dos modelos tradicionais. E eu que nunca fui uma amante da pelucia, reajo-lhe com algum pudor. sinto também o desejo de combinar as diferentes componentes dos diferentes modelos. Mas sinto também que o não posso fazer enquanto não tiver experimentado uma boa dose de modelos diferentes.

    Os materiais representam outro problema. Os pelos e pelinhos apesar da tortura de os cortar (durante o corte os pelinhos tendem a penetrar todos os orificios que compôem o corpo de quem esteja presente na mesma sala), são materiais fáceis que não deixam ver imperfeições, mas que me desagradam por serem tão tradicionais. São apesar de tudo os que têm recebido maior feedback, mas não consigo imaginar-me a fazê-los, porque o caminho seguinte seria começar a fazer-lhes roupinhas… camisolas, saias de folhos, casaquinhos de fazenda, corações na mão para o dia de S.Valentim…

    Vai ser portanto um processo de aprendizagem semi-longo, até chegar a um modelo e a um material que os identifique como meus. Seguido, como é lógico, de um periodo eterno de glória…

    As botijas naturais têm tido um grande sucesso e para isso tem contado o generoso patrocinio de S.Pedro a quem desde já agradeço a colaboração. São feitas de cereais e flores e servem os propósitos mais variados; por aqui usamo-las essencialmente para nos aquecermos. 4 minutos no micro-ondas e deitar na cama gelada muito abraçados a ela. A Gui tem uma em versão gingerbread man, mas mesmo assim não prescinde do rectângulo. Vão arrefecendo lentamente sendo por isso mais saudáveis e seguras do que as tradicionais botijas de água.

    Tal como os ursos, também as botijas estão em mudança. As primeiras eram rectângulos em tecido, apesar dos tecidos serem especiais – eram modelos muito simples. Estas ultimas são um pouco mais elaboradas porque brinquei com os tecidos. As próximas serão por certo simplesmente brilhantes!:-) Cada botija custa apenas 10€ mais portes de envio.

  • TEDDY BEARS TEA TIME!

    volto cá amanhã, pode ser?

    isto por aqui está um bocado abandonado…

    amanhã…

  • porque tenho imenso orgulho na minha modéstia…

     

    apresento-vos os melhores babetes feitos na minha rua! não serão por certo os melhores do meu prédio porque vivo numa vivenda. Vivera eu num apartamento e por certo a ranhosa do 3º esquerdo seria mais geitosinha do que eu!

    Uns assim com sushi, em honra do primeiro aniversário do Japonês; dado eu ser praticamente toda toda amorosa…

  • NO SÁBADO

    Muito mais importante do que poder expôr as minhas coisas, é a possibilidade de estar rodeada de Sushi!

  • PABLO

    “Ou não seria a vida um peixe, preparado para ser pássaro?”
    Pablo Neruda

  • Teddy Teddy…

    pois logo escrevo aqui qualquer coisa. agora é só mesmo para verem o teddy.

    foi feito seguindo métodos 100% tradicionais. é articulado com botões  de côco e tem olhos de madrepérola.

    tem dois manos aqui

  • GINGERBREAD MAN

    A mania do gingerbreadman continua, desta vez transformado em botija natural. O bomneco é enchido com cereais e flores e quado colocado no micro ondas durante uns 4 minutos ou no congelador durante uns 40, transforma-se numa botija natural – quente ou fria – que alivia dores musculares, baixa febres, diminui inchaços, aquece a cama dos pequeninos sem o perigo de queimar e vai libertando um odor suave e relaxante a alfazema.
    Quase tão bom como a banha da cobra…
    (Para a semana, mais cores e tecidos)

  • Babettes…

    estive a ver nos livros e toda a pseudo crafter tem que fazer um ou dois!
    eu cá sigo as regras!
    o em jeans é feito de calças recicladas e a tira bordada tem mais de 30 anos. Lembro-me de a minha mãe as comprar (a quadriculada também e ha ainda uma lindissima verde que não experimentei), pois lembro-me de a minha mãe as comprar para fazer lençois… Lembro-me do dia e de que roupa trazia vestida e não sei porque me ficou isto na memória.
    O babette laranja é um modelo copiado de um dos da Gui, mas o vermelho e azul é uma criação daqui! Para meninos de pescoço mais largo. A verdade é que dá imenso prazer fazê-los e uma pena enorme da menina cá de casa aos 5 anos achar-se demasiado crescida para os usar.

  • LEFT OVERS

    A varicela da gui não me deixou com muito tempo nas mãos, mas deu ainda para juntar uns restinhos de pano e fazer umas bolinhas mais ou menos à antiga.
    Não sendo de trapos, que os tecidos sentir-se-íam ofendidos, possuem no entanto a mesma vantagem – saltam pela casa sem incomodar os ouvidos mais sensiveis de quem passou os ultimos 3 dias em vigilia…
    eu acho-as lindas!

  • QUILTING AND PATCHWORK

    aliar a paixão por tecidos africanos com as técnicas de acolchoamento e patchwork resulta neste pequenos duvet/edredões/colchas.
    o tamanho é definido pelo padrão da capulana ficando assim limitado ao metro por metro e meio.
    o acolchoamento e o tecido polar tornam-no macio e quente. Gosto em especial do efeito muito anos 70 da combinação de cores do forro. E achei-o mais bonito que a propria capulana.
    As capulanas são panos coloridos usados pelas mulhere Moçambicanas como saias. Podem enrolar-se à cintura ou cobrir a cabeça, ou belecar-se um bébé, ou ou ou. Faz parte do dia a dia e existe em toda a espécie de padrões e cores. Actualmente os mercados foram invadidos por tecidos Indianos, mais baratos mas mais frageis e com menos rigor gráfico.
    Em 2004 foi lançado em Maputo um livro dedicado a este tema – “À volta de Capulana” – de que desconheço o autor. Existe também uma belissima exposição fotografica de Sergio Santimano sobre a presença da capulana no vestuário da mulher Moçambicana.
    Em Portugal, várias pessoas descobriram os encantos da Capulana, e aplicam-nos na produção de items diversos:
    os lindos slings e sacos da Rosa Pomar;
    as roupas fantásticas da Carla Pinto

    Obrigada Pépé pelos panos!

    Mais quilts disponiveis na loja.

  • I CAN CRAFT AND BLOG!

    Tenho feito as pesquisas à minha maneira, para perceber como funciona um blog craft. Lentamente fui descobrindo denominadores comuns que passo a enunciar:                                                                                                                                                                                                                                       

    Primeiro: quase todas as bloggers têm crianças. 

    Eu também tenho. Ah!

    Segundo: quase todas as bloggers têm animais domésticos de preferência cães ou gatos. Tendo gatos estes deverão ser repetidamente fotografados. Os cães são tratados com um pouco mais de dignidade.

    Eu tenho o cão.

    Os gatos vivem livremente no jardim, reproduzindo-se como Deus manda. O meu cão chama-se Maria e tem o poder de detectar a tristeza. Senta-se quieta ao lado de quem chora e não sai de lá. Nenhum blog craft fala de um cão assim. Ah!

    Um ponto para mim!

    Terceiro: todas as bloggers mostram fotos de cozinhados, apresentados em pratos bonitos quase sempre vintage. A expressão vintage deve ser largamente usada. em especial quando se designa algo que ha 5 anos atras não chegaria sequer à classificação kitsh mas que por capricho dos tempos voltou a ser moda: da louça ao papel de parede, das colchas de tricot ao linóleo.

    Voltando à comida; Regra geral confort food ou sobremesas. Fotografam-se mesmo que saiam mal. Nesse caso faz-se um pequeno texto em que o sabor é enaltecido em detrimento da apresentação.

    Eu também sei fazer isso! Ah!

    Quarto: Todas as bloggers têm opiniões bem definidas sobre isto ou aquilo e expressam-nas de quando em quando! Do ambiente ao parenting. Não se fala muito de politica. Algumas transformam-se em verdadeiras opinion makers e o fenomeno internetico permite que certas discussões assumam uma dimensão verdadeiramente internacional. Posso tentar fazer isso, mas dá-se-me a própria da preguiça…! Neste ponto nada de promessas…

    Quinto: As bloggers de sucesso publicam livros ou participam neles e são entrevistadas em media variados. Hummm… Este é mais dificil! Só mesmo com publicações de autor ou se falar com o jornal cá da terra porque tenho um primo que tem um vizinho que tem um cunhado…

    Sexto: Participam em feiras ou eventos craft e conhecem-se umas ás outras e depois ficam amigas. Ah!! Gostava disso! Nunca me dei bem com mulheres e as minhas amigas ultimamente deixam muito a desejar… E a mim parece-me que seria muito divertido eu ir a uma feira com as minhas coisinhas, passar lá o dia com os pés gelados e regressar a casa sem nada vendido mas com imensos números de telefone. A sério!

    Sétimo: Todas trocam correspondência e vão mostrando o que recebem! Não ha problema, ADORO prendas! Vivo é longe da estação dos correios…

    Oitavo: Muitas viajam e vão mostrando por onde passam. Muita foto de comida, lojas de tecidos e afins e os nativos a fazer coisas de nativos!

    Isso faço eu com um pé atras das costas (isso do pé é uma pura metáfora porque o excesso de peso não me permite grandes aventuras)!

    Nono: Vão mostrando as experiências manuais sem pudores; erros, tentativas, fracassos, sucessos… Sendo encorajadas através de comentários pelas amigas (algumas das que conheceram nas feiras!), e pelas leitoras que vão coleccionando. Os comentários são regra geral encorajadores e simpáticos dando oportunidade para troca de experiências. Eu cá acho esta parte muito simpática e construtiva! Na verdade é a parte mais simpática desta coisa dos blogs craft. Também consigo fazer isso!!!

    Décimo: As bloggers craft nutrem um gosto por sapatos e fotografam-nos quando os compram ou colocam links para aqueles de que gostam ou juntam-nos ás suas wish lists.

    Olhem só os meus movos Birkies! E poderia eu recusar a oportunidade de exibir a pequena Imelda que há dentro de mim? Nunca!

    E em forma de conclusão: Em suma, penso reunir, de facto, os ingredientes para um blog craft! a partir de hoje irão então encontrar aqui, fotos do meu cão, da minha filha, da minha correspondência, dos meus momentos culinários, de cantos da minha casa, de coisas que vou fazendo, de livros que vou lendo, de sapatos que vou comprando, de locais que vou visitando… Ahhhhhhh! Eu acho que vou gostar muito disto!

    Mas em caso de tédio, insisto, vão até ao BLOGUI!

  • THE RAT

    He leaves the sewing machine and runs to the garden. Feels the sun on his face for the first time, his lungs full of air

    the wind blowing softly on his ears while he slides, and decides that he wont ever be a piece of fabric again…

     

    (based on a model by  Hannelore Mish for “Kuscheltiere Selbst Gemacht”)