de o rio da minha aldeia…

a minha piquena é apaixonada por musicais e merecedora das melhores surpresas e como tal resolvi contactar a produção de um desses espectáculos da Broadway mais ou menos na esperança que eles enviassem material de promoção ou algo no género, qualquer coisa que ela colasse na parede ou enfiasse pela cabeça e a deixasse histericamente feliz – o que não é coisa dificil.

Assim lá enviei um email e porque sou caridosa e não gosto de vexar ninguém expliquei-lhes que era da Europa e não mencionei Portugal porque qualquer alma sabe que os Americanos são pessoas muito ocupadas e por vezes não lhes sobra tempo para olhar para o mapa na sua totalidade.

Recebi prontamente resposta e a responsável pelas Relações Públicas lá do sítio simpaticamente informou-me que de facto não têm espectáculos agendados para o meu país – a Europa – que sempre sonharam fazer digressão pelo meu país – a Europa – e se eu vivia na capital e se era quente ou fria – a Europa e se era dificil aprender Europês.

Eu, no mesmo espírito caritativo que me fez não mencionar Portugal respondi-lhe com igual simpatia e expliquei que por cá – na Europa – de momento faz frio, também estamos perto do Natal mas lamentavelmente já não vivo em Lisboa, a capital da Europa e que de facto o Europês a que normalmente chamamos Português, não é uma língua fácil de aprender.

Agora sinto-me um bocadinho culpada…

18 thoughts on “de o rio da minha aldeia…

  1. sim. estou-te a dizer: a capital da europa é lisboa. aprende!
    se bem que a posição geográfica é discutivel – tive um dia uma grande discussão com uma pessoa da UN que insistia que Portugal ficava na América Central.
    Também conheci um romeno que fez questão em estrasburgo de me explicar que não percebia a lógica ou necessidade de um país como Portugal ter língua própria. O meu colega ao lado ía sorrindo e não abria a boca. Passados dois dias ouvi o mesmo romeno a mandar a comitiva oficial Dinamarquesa a um sítio muito feio com um grande sorriso. O meu colega tinha-lhe dito que essa era a forma tradicional de cumprimenta r recém chegaados em dinamarquês. Foi um momento muito bonito!
    Havia também um Palestiniano que berrava “achtung” a todos os alemães. Julgava que significava votos de bom trabalho. Os alemães – excepcionalmente franganotes, andavam muito assustados.
    o meu colega era um langão para trabalhar, mas compensava com um belissimo sentido de humor e uma capacidade única para gerar acidentes diplomáticos.

  2. porque e que me divirto, emociono, rio, quase choro a ler o teu blog?

    gosto taaaaantooooo! adorei o post sobre timor, es uma super mae e a gui merece tudo de bom deste e do outro mundo (e tu tambem!)

    muitos beijinhos de feliz natal para voces e os que mais gostam e um dia gostava de te abracar!

    desculpa la a ‘lamechice’ mas gosto mesmo muito de voces sem nunca vos ter visto! achas possivel?

    jinhos

  3. Genial, Carla! De facto mencionar Portugal costuma dar para o disparate. Em NY partiam sistematicamente do princípio que era na América do Sul e também já me perguntaram em que parte do globo era a nossa ilha… Enfim!

  4. meninas eu tive a sorte de, há mais de 6 anos, numas férias no méxico, ter sido presenteada- à resposta a uns canadianos que era de portugal -com uma imediata referência ao arquitecto siza!!!!!!!!!!! bingo!!!!!!! foi muita sorte!!!!!

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