de por vezes…

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Por vezes penso que gostaria de crescer e deixar de me sentir confusa. De saber exactamente o que quero. Ter um percurso definido, objectivos demarcados e acima de tudo certezas absolutas. Gostava de ser uma dessas chatas com certezas absolutas. Daquelas que começam frases com”eu sempre disse que…”

Mas é o não querer isto hoje e o sentir que não posso viver sem isso amanhã, é nessa incerteza nesse não saber, no querer não querendo, no tendo sem procurar, no procurar não encontrando e no estado de fragilidade que a constatação de tudo isso provoca, que reside a essência daquilo que sou.

E se por vezes penso que gostaria de crescer e deixar de me sentir confusa. De saber exactamente o que quero. Ter um percurso definido, objectivos demarcados e acima de tudo certezas absolutas, rapidamente chego à conclusão de que cresço com cada dúvida que enfrento, que me defino pelo rasto que vou deixando e que vivo com a certeza absoluta de tudo isto.

7 thoughts on “de por vezes…

  1. Ola’,

    As certezas sao para os pobres de espirito e para os estupidos, os outros nao tem certezas, sabem e sentem que nao sao omnicientes, logo nao podem ter certezas…

    Beijinhos

  2. Como eu te entendo.

    Há uns tempos um dos meus filhos, à saída da escola, conversando com a minha mãe:
    – Sabe avó, os meninos lá da minha escola que fazem apoio com a mãe, dizem que ela não é bem uma pessoa grande. Isso é mau?
    Ao que a avó, mãe que há muito perdeu a esperança de a sua única filha se tornar uma senhora a sério, lhe respondeu:
    – Não meus amores, isso é muito bom.

    O que as mães aprendem quando são avós …

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